domingo, 12 de janeiro de 2014

Jogo que não sei jogar :p



Então é isso? Essa é a verdade?
Todo homem trai e toda mulher finge que não sabe disso para poder ter um relacionamento sério?
E os relacionamentos nada têm haver com amor, companheirismo, fidelidade e paixão? Na verdade não passam de um jogo onde o vencedor é aquele que consegue fingir por mais tempo? É isso mesmo, Zé?
Se for assim Zé, pode espalhar por aí que não aprendi a jogar esse jogo e nem quero aprender, as regras dele vão de encontro com as minhas próprias regras, não dá para conciliar. Prezo demais meus sentimentos para fazer deles simples peões de tabuleiro, aprendi a jogar com mimicas, com baralho, com desenhos, com palavras, com músicas... agora com o que vem do meu coração, não, esse jogo não faz parte do meu repertório de diversões, Zé.
Isso deve ser jogo pra gente muito mais esperta do que eu, essa gente que não se importa em magoar ou em transformar os outros nos seus peões, dessa gente que faz da própria vida um tabuleiro com peças a serem manipuladas friamente. Esse tipo de gente que não sofre por ninguém porque aprendeu desde cedo que sentimento só serve para jogar e causar diversão, gente esperta que nunca vai saber o que é uma decepção ou... uma paixão.  Eu não tenho essas espertezas, se as coisas forem assim, então eu sou burra, Zé!

Já tenho certeza que, mesmo que eu entre nesse jogo sem querer, dele nunca vou sair vencedora. Sempre vou ter como resultado um coração partido, Zé. Mas não me revolto, se as regras do jogo são essas eu prefiro é perder, tem vitórias que nos tiram a paz, e eu quero sempre a minha paz aqui comigo. E quem sabe um dia eu encontre algum burro que nem eu Zé, que também não aprendeu as regras desse jogo. Aí a gente não vai jogar nada, mas vamos ganhar juntos!