sábado, 21 de junho de 2014

Não Se Apega Não (trecho)



"A vida é assim mesmo... à medida que o tempo passa, pessoas verdadeiras permanecem e as fracas vão ficando para trás. Temos que levar a vida como uma eterna viagem, na qual os momentos permanecem e as pessoas passam. E é isso decepções acontecem. Nos sentimos uns idiotas por um dia termos acreditado, mas depois tudo se supera. Quanto àquelas pessoas que resolvem ficar pelo caminho, como o Eduardo, eu só desejo que não se arrependam." (Isabela Freitas)

Trecho do livro Não Se Apega Não, livro lindo que, apesar de ter terminado há alguns dias, ainda estou saboreando! Super recomendo!

Quem quer ir, que vá!

Ando desfazendo algumas amizades no facebook, o que é um tanto simbólico neste momento em que eu, finalmente, percebi que não há como obrigar algumas pessoas a ficarem na minha vida. 
Vou explicar melhor: eu sempre fui do tipo de pessoa que liga, que convida, que combina, que resolve reunir os amigos, que manda mensagens, que cria grupos no whats, enfim, que faz tudo que pode e não pode para que os laços de amizade que construí ao longo da vida não se desfaçam. Talvez por ter sido muito sozinha desde sempre (filha de mãe solteira que trabalhava o dia inteiro fora, criada longe dos irmãos, antes dos 15 fui morar sozinha para estudar), aprendi a valorizar demais os amigos, e nunca soube lidar bem com a ausência deles. Admito que tenho muitos amigos, muitos há mais de 10 anos, sou feliz por cada um deles. Acontece que há um certo tempo venho percebendo que muitos desses amigos estão na minha vida meio que 95% devido  a um esforço meu, sou sempre eu tomando a inciativa do contato e eles apenas respondendo à isso e... sabe aquela história de que às vezes você quer receber ao invés de apenas se dar? Então você entendeu o que eu quis dizer com " percebi que não há como obrigar algumas pessoas a ficarem na minha vida". É que eu decidi me retirar da posição de procurar os outros e esperar para ver quem me procura, passei de ativa para passiva nas minhas relações de amizade, e o que eu estou vendo é muitos amigos queridos indo cada vez mais para longe. Se isso me deixa triste? É claro! Logo eu que me entristeço por coisas bobas, como não me entristecer por essas partidas graduais que se anunciam? Mas estou consciente de que fiz o melhor que pude enquanto acreditava que manter minhas amizades era algo que dependia, exclusivamente, de mim. Então, finalmente (FINALMENTE), estou deixando ir quem quer ir, não estou indo atrás, nem fazendo drama e nem me chateando com ninguém... apenas entendi que algumas pessoas (a maioria) não vão permanecer para sempre na nossa vida, elas vão conhecer outras pessoas, vão fazer novos amigos, vão ter novos relacionamentos e, num processo, natural vão se afastar do que não priorizam. E pra falar, a verdade, não ando fazendo muita questão de ter na minha vida quem não pode, pelo menos às vezes, me colocar como prioridade e fazer questão de ter minha amizade! 
Se ao final desse processo de "desapego de quem não quer ficar" eu estiver sozinha, tudo bem, vou aprender a lidar com isso, eu sei!