Terminei hoje a leitura do livro “A Culpa é das
Estrelas”.
Terminei completamente encantada pela história da
Hazel e do Agustus, vidas entrelaçadas pelo câncer e que acabam por tornar-se
uma única história. A leveza com a qual os dois adolescentes vão descobrindo o
primeiro amor e o quanto a vida pode ser surpreendente embriaga os leitores
que, cada vez mais, querem mergulhar no mundo de Augustus, Hazel e Isaac, o
amigo que ficou cego devido à doença.
A dor e a ironia com a qual compartilham suas
angústias geradas pela doença, seus medos da morte e de perderem-se um do
outro, doem na gente, fazendo com que nós julguemos nossa própria existência
nesse universo. Se eu morrer hoje, terá sido em vão? O medo de ser esquecido de
Augustus, o medo de deixar os pais órfãos de filhos de Hazel, o medo de Isaac
de voltar a enxergar um mundo sem o melhor amigo, o medo de Van Houten de
enfrentar a perda da filha refugiando-se na bebida e tantos outros medos
narrados pelos olhos inteligentes de Hazel, nos fazem sentir medo também.
Mas suas
histórias nos fazem pensar que podemos escolher o que fazer diante do medo e da
dor. Assim como Hazel e Augustus são mais do que dois jovens com câncer, ao
longo da leitura podemos descobrir que somos mais do que pensamos ser e que
temos um infinito de possibilidades de sermos felizes. Ainda que alguns
infinitos sejam maiores que os outros, em cada infinito um universo inteiro
espera para fazer com que sejamos notados pelas nossas escolhas e por aqueles
que, apesar de qualquer dor, escolheriam viver ao nosso lado.
A Culpa é das Estrelas é um livro lindo, daqueles
que levam tempo para serem digeridos, que precisam ser pensados e repensados
que nos levam a reflexões sobre as coisas mais simples e complexas da vida. É
um livro que faz rir e que faz chorar na mesma medida.
“A tristeza não nos muda, Hazel, ela nos revela.”
(p.200)
“Não dá para escolher se você vai ou não se ferir
neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito as
minhas escolhas. Espero que a Hazel aceite as dela.” (p. 219)
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