Mais um ano sem te ver,
mais um ano convivendo com as lembranças daquele 30 de maio doído que me
arrancou um pedaço. Mais um ano imaginando o que tu diria se ouvisse as minhas
novas histórias. Mais um ano tentando te imaginar sorrindo em cada momento de
festa. Mais um ano me esforçando pra não
esquecer do som da tua voz. Mais um ano me esforçando pra não esquecer do teu
jeito de dançar forró. Mais um ano me esforçando pra não esquecer de cada
detalhe do teu rosto, inclusive do teu aparelho quebrado que você sempre ia
arrumar no próximo mês. De repente o próximo mês não chegou e já faz três anos
que esse próximo mês não vai mais chegar pra ti.
Quando penso em você,
na nossa amizade, nas conversas, nas festas, no teu sorriso... quando penso no
acidente, nas lágrimas, na dor, no enterro... O tempo não é mais linear, tudo
se torna atemporal, parece que foi ontem e ao mesmo tempo parece que foi em outra
vida. Acho que esses sentimentos tão intensos não se medem em tempo, se medem
na dor e na alegria que causaram, ambas de igual profundidade!
Durante esses três
anos, sempre imaginei como seria o dia em que não teria mais fotos suas pra
postar, o momento em que as fotos começassem a se repetir, porque a
impossibilidade das fotos se renovarem é mais uma prova concreta de que você
não pertence mais a este mundo, imaginei o quanto isso iria doer, ver que as
minhas fotos e de todos os seus amigos continuaram a aparecer e as suas pararam
no tempo, no tempo em que algo parou pra gente. E agora percebo que o momento
chegou, não tenho uma foto “inédita” contigo, todas as nossas fotos já foram
postadas e vistas e não dá pra tirar outra e isso, por mais simples que pareça,
dói. Mas quando se trata da morte, tudo dói... não há como evitar!
Quando comecei esse
texto era para ele ser alegre, lembrando do quanto sou grata por ter te
conhecido e de como você era uma pessoa iluminada... Mas esse “era” me deixou
triste de novo, não deu pra ser um texto alegre. Hoje o sentimento é outro!
Edu <3 span="">3>
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